terça-feira, 20 de abril de 2010

Lembrete de vacinação H1N1

Só para lembrar que pacientes com câncer, estejam ou não em tratamento, devem ser vacinados contra a vacina H1N1.

Entram na categoria de pacientes crônicos. A quimioterapia ou radioterapia não são contraindicações à vacina. Pelo contrário. Pacientes em quimioterapia, por exemplo, apresentam mais risco de quedqa da imunidade, e estão mais susceptíveis a complicações se foram infectados com o vírus da gripe.

Segue abaixo o calendário oficial da vacinação (em postos de saúde). A data limite para pacientes com doenças crônicas com menos de 60 anos foi extendida até 23 de abril. Quem quiser pode se vacinar fora do cronograma, ainda, em clínicas particulares.

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Associação de cisplatina à gemcitabina é importante para pacientes com câncer de vias biliares

O câncer de vias biliares é bastante conhecido por sua agressividade. Apesar de ser incomum, não se pode dizer que é uma neoplasia rara. Além disso, a mortalidade associada ao diagnóstico é bastante alta.

Quando o paciente apresenta doença metastática ou irressecável – que não é possível de ser retirada através de cirurgia – as opções de tratamento são bastante limitadas.

Até pouco tempo atrás, não havia estudos que demonstrassem claro benefício no uso de quimioterapia para o controle da doença. Assim, muitos pacientes recebiam apenas tratamentos sintomáticos, para tentar preservar a qualidade de vida. A indicação de tratamento quimioterápico era questionável, pois os efeitos colaterais do tratamento não são poucos. Quando os benefícios não são palpáveis, a relação malefício/benefício fica duvidosa ao paciente. O tempo médio de vida deste tipo de paciente sempre permaneceu por volta dos 6 a 8 meses.

No entanto, em 7 de abril deste ano foi publicado no The New England journal of medicine, uma das mais importantes revistas médicas do mundo, um estudo clínico envolvendo 410 pacientes de vários centros do mundo, que mudou um pouco nossa visão sobre a doença.

Os pacientes foram divididos em dois grupos, de forma aleatória. Um dos grupos, com 204 pacientes, recebeu quimioterapia com gemcitabina e cisplatina. O outro, com 206 pacientes, recebeu quimioterapia apenas com gemcitabina.

Sabe-se que a gemcitabina é pouco tóxica, e seus efeitos colaterais principais são hematológicos (anemia, queda do número de plaquetas, etc). E a cisplatina apresenta maiores riscos (náusea, vômitos, fraqueza, entre outros).

Mas os resultados desse estudo demonstraram que quem recebeu a quimioterapia mais agressiva (com cisplatina e gemcitabina) apresentou maiores taxas de controle da doença, e principalmente viveu mais tempo – tempo mediano de vida de aproximadamente 1 ano. Não parece muito (aproximadamente 4 meses de ganho), mas do ponto de vista estatístico é muito importante. A partir deste estudo, o novo tratamento padrão para este tipo de pacientes, quando possível, passa ser esta combinação de medicamentos.

Mais estudos devem ser feitos, para tentar aumentar as taxas de controle da doença, enquanto não há possibilidade de proporcionar chance de cura a estes pacientes.

Para ver a referência e o resumo original deste estudo, em inglês, clique aqui.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Como o câncer se desenvolve

Vídeo explicativo (em inglês) sobre as características celulares que dão origem ao câncer.

Tratamento individualizado contra o câncer

Atualmente pacientes com câncer recebem tratamento sugerido pelo seu médico com base em estudos clínicos que avaliaram previamente pacientes com doenças semelhantes. A estatística ajuda a definir qual a terapia mais indicada. O problema é que esta terapia não funciona para todo mundo.
A FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) anunciou projeto internacional sequenciará centenas de genomas de cânceres. Dados ajudarão a compreender melhor a doença e a explicar por que determinado tratamento funciona para uma pessoa e não para outra.
Veja mais na reportagem da Agência FAPESP de notícias.

terça-feira, 13 de abril de 2010

Novo Código de Ética Médica

Hoje entra em vigor o novo Código de Ética Médica. Apesar de necessária uma revisão (a última havia sido em 1988), não acredito que haja motivos para tanta divulgação e entusiasmo.
O novo código não irá resolver os problemas de superlotação de hospitais públicos, da falta de médicos plantonistas, das imposições e restrições dos planos de saúde, da má remuneração dos médicos entre outros.
O antigo código já tentava restringir tudo isso.
De qualquer forma, acho que o tema pode trazer novamente para discussão os problemas da medicina no Brasil. E isso é positivo.