domingo, 13 de setembro de 2009

Novo medicamento oral - gefitinibe - melhor do que quimioterapia convencional para determinados pacientes com câncer de pulmão

Um novo medicamento, dado em comprimidos, pode ser a grande esperança de pacientes com câncer de pulmão metastático.
Pesquisadores de Hong Kong publicaram um estudo que comparou a administração oral de uma nova droga - gefitinibe - com a aplicação endovenosa de quimioterapia convencional, em pacientes orientais, não fumantes, com adenocarcinoma de pulmão. Mais de 1200 pacientes foram distribuídos aleatoriamente em dois grupos, e cada um deles recebeu uma forma de tratamento.
O grupo que recebeu o medicamento gefitinib apresentou maiores taxas de diminuição do tumor, além de um significativo aumento no tempo de sobrevida.
Os autores ainda demonstraram que o benefício está ligado a uma mutação genética ocorrida nos tumores, no gene do EGFR (em inglês, epidermal growth factor receptor).
Sugere-se que pacientes com adenocarcinoma tenham amostras de tecido tumoral testadas para esta mutação, para que possam verificar se também poderiam se beneficiar desta nova forma de tratamento.
O artigo foi publicado na New England Journal of Medicine, uma das mais importantes revistas médicas do mundo. Para ver um resumo do estudo (em inglês), clique aqui.

sábado, 5 de setembro de 2009

O que é câncer - vídeo explicativo em inglês

Radioterapia em doses mais altas é mais eficaz no tratamento do câncer de próstata

O tratamento do câncer de próstata localizado geralmente é feito através de cirurgia (chamada prostatectomia), ou radioterapia. São tratamentos que atuam localmente.
Técnicas mais modernas de radioterapia têm sido utilizadas para diminuir os efeitos colaterais, poupando tecidos vizinhos das agressões da radiação, e também para conseguir despejar doses mais altas de radiação no tumor.
Ainda havia controvérsias sobre se estas novas técnicas aumentariam de fato a eficácia do tratamento.
Mas um estudo publicado por um grupo brasileiro, da Faculdade de Medicina de Marília, em São Paulo, demonstrou que a utilização de doses mais altas de radioterapia proporciona maiores taxas de cura aos pacientes com câncer de próstata.
Os autores avaliaram a totalidade de dados publicados sobre o assunto no mundo, em uma técnica chamada de metanálise, com estudo de mais de 2800 pacientes. Eles foram divididos em dois grupos, sendo que um deles recebeu radioterapia convencional e o outro recebeu doses altas de radioterapia.
No total, após o tratamento cerca de 35% dos pacientes que receberam radioterapia convencional apresentaram recorrência da doença, enquanto que essa taxa caiu para 25% nos pacientes que receberam a radioterapia em doses mais altas. Ou seja, houve uma aumento de 10% na taxa de cura.
Apesar disso, o grupo que recebeu doses altas de radiação apresentaram maior incidência de efeitos colaterais, como inflamações em reto, pele e bexiga - mas sem ocorrência de problemas mais graves.
Os autores concluem que as técnicas mais modernas de radioterapia devem ser utilizadas como tratamento preferencial nos pacientes com câncer de próstata localizado.
Se quiser ver a fonte da informação, com o resumo do artigo (em inglês), veja na bibliografia aqui.